A EXPLORAÇÃO DO RIO BENI
Palavras-chave:
Beni, exploração, AmazonasResumo
Apresentamos a versão em português de The exploration of river Beni título original publicado primeiramente no Journal of the American Geographical Society of New York, Vol. 14 (1882), pp. 117-165, traduzida e anotada ao castelhano pelo historiador boliviano Manuel Vicente Ballivián tendo sido publicada em 1896 na cidade de La Paz sob o título La exploración del río Beni, é um diário de viagem do médico americano Edwin R. Heath (1839 – 1932) que relata sua viagem a serviço do governo boliviano durante os anos 1880-81 de reconhecimento e exploração do rio Beni e seus afluentes em todo seu curso até sua confluência com o rio Mamoré abrindo assim a rota fluvial até o Rio Madeira, na época importante corredor para a exportação dos produtos oriundos da indústria gomífera boliviana ao atlântico. Apoiado com os registros dos exploradores que o antecederam desde o século XVII, entre eles, os padres jesuítas José del Castilho, Pedro Marabán , Cipriano Barace y Agustín Zapata que investiram na exploração de tal rio. Em 1846 José Agustín Palacios o mais representativo precursor da exploração do rio Beni chegou até a conhecida Cachoeira Esperanza (nomeada por Edwin Heath), seguido do alemão Bursa (1846) e dos norte-americanos tenente Gibbon (1852), o naturalista James Orton (1877) acompanhado de Ivon D. Heath que tentaram sem sucesso explorar as regiões amazônicas. Edwin Heath além de conseguir transpor as cachoeiras do Beni e Mamoré faz registros essenciais para um reconhecimento e mapeamento da hidrografia da região aos bolivianos, destacando os diversos seringais (chamados de barracas), a localização de tribos “selvagens”, povoamentos e cachoeiras além de informações sobre o clima e apontamentos sobre o modo de vida e características culturais dos nativos da região.