CHICA MACAXEIRA, A MÃE DE SANTO QUE RESSUSCITOU: CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS EM PORTO VELHO/RO

Autores

  • Luciano Leal da Costa Lima Universidade Federal de Rondônia
  • Mara Genecy Centeno Nogueira Universidade Federal de Rondônia

Palavras-chave:

Terreiro de São Benedito, Chica Macaxeira, Religiosidade.

Resumo

O presente artigo é fruto do estudo de caso sobre a nordestina Ceci Bittencout, mais conhecida como Chica Macaxeira, mãe de santo do Terreiro São Benedito, na cidade de Porto Velho/RO, entre os anos de 1914 a 1979, que misturou práticas de Tambor de Mina, Verequete e Pajelança. É considerada como uma das responsáveis pelo início, formação e continuidade da religiosidade afro-brasileira na região. Suas práticas ritualísticas utilizando bebidas como a Chicha e a Ayahuasca, são encontradas na atualidade nas orientações religiosas da UDV, Santo Daime, Umbanda e Tambor de Mina, especificamente nas regiões do Acre e Rondônia. O artigo ressalta os diversos mitos, presentes no imaginário local, sobre a mãe de santo Chica Macaxeira a partir do momento em que o terreiro de São Benedito ou Samburucu como ficou conhecido sofreu vários processos de perseguições e invasões com o intuito de destruí-lo e de acabar com o batuque. Morte, ressurreição e atos de feitiçarias são apontados nos relatos orais, advindo de antigos moradores de Porto Velho, como estratégias e ajuda dos encantados para proteger a mãe de santo, seus filhos e o terreiro de forma geral. Verificar a importância da Chica Macaxeira para a difusão dos cultos afro-brasileiros em Porto Velho e todo o imaginário construído sobre a mãe de santo do terreiro de São Benedito tornou-se o principal objetivo dessa pesquisa.

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Biografia do Autor

Luciano Leal da Costa Lima, Universidade Federal de Rondônia

Graduando em História pela Universidade Federal de Rondônia. É membro do Centro de Documentação e Estudos Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia - CDEAMPRO, onde desenvolve pesquisas ligadas a religiosidade afro-brasileira nas Cidades rondonienses: Porto Velho e Guajará-Mirim.

Mara Genecy Centeno Nogueira, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Rondônia (1987), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (2008). É professora do Departamento de História e Arqueologia da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: menor infrator, violência, mulher, história, memória.

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Publicado

17/11/2011

Edição

Seção

Artigos