O SURTO GUMÍFERO E A NAVEGAÇÃO NA AMAZÔNIA
Resumo
O artigo pretende inquirir sobre as principais dificuldades enfrentadas para a consolidação de um sistema de transporte fluvial baseado na força motriz do vapor em resposta as demandas derivadas do aumento da produção da goma elástica. Examina aspectos políticos como os impedimentos aos investimentos estrangeiros no setor, durante o segundo reinado, a expansão da navegação oceânica e de cabotagem para a Amazônia. Os investimentos do capital regional no estabelecimento das primeiras linhas de navegação a vapor na Amazônia, os determinantes dos altos custos dos fretes em razão das variáveis ecológicas e topográficas das bacias dos principais rios da região. Ressalta ainda as adaptações que as embarcações construídas em países estrangeiros sofreram na região, tanto na estrutura externa quanto no maquinário, originando embarcações de feição tipicamente regional. Os produtos e intercâmbios que fizeram o rio Amazonas ponto central do interesse comercial de diversos países limítrofes. O papel da navegação no abastecimento regional e na exportação dos produtos amazônicos.