Homogeneidade genética de Symphysodon tarzoo (Perciformes: Cichlidae) no Lago Amanã, Amazonas, Brasil

Autores

  • Alexandre Pucci HERCOS 1 - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Estrada do Bexiga, n. 2584, Bairro Fonte Boa. Tefé – AM. 2 – Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – Coordenação de Pesquisa em Biologia Aquática. Av. André Araújo n.2956. Manaus – AM.
  • Helder Lima de QUEIROZ 1 - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Estrada do Bexiga, n. 2584, Bairro Fonte Boa. Tefé – AM.
  • Grazielle Fernanda Evangelista GOMES 3 – Laboratório de Genética Aplicada. Instituto de Estudos Costeiros – Universidade Federal do Pará. Alameda Leandro Ribeiro s/n. Bairro Aldeia. Bragança – PA.
  • Efrem Jorge Godim FERREIRA 2 – Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – Coordenação de Pesquisa em Biologia Aquática. Av. André Araújo n.2956. Manaus – AM.

Resumo

Análises para verificar os níveis de conectividade genética de populações são de extrema relevância para subsidiar políticas públicas visando o gerenciamento pesqueiro a fim de garantir o manejo e a conservação desses recursos. O sequenciamento de fragmento do DNA mitocondrial foi utilizado visando analisar a estrutura genética de populações de Symphysodon tarzoo e avaliar a ocorrência de processos de especiação, discutindo as possíveis barreiras ao fluxo gênico para espécie. Noventa indivíduos de S.tarzoo, provenientes do Lago Amanã e áreas adjacentes, foram utilizados nas análises. A ausência de subestruturação populacional, com a ausência de formação de clados de uma mesma localidade, na árvore filogenética e na rede de haplótipos indica que todas as localidades analisadas constituem uma mesma população ou estoque genético. Outros autores sugerem que este resultado pode decorrer de uma divergência recente no estoque original, da homogeneidade de habitats e da possível ocorrência de dispersão eventual entre as populações, colaborando para a manutenção de uma constituição genética única para todas as subpopulações consideradas. E indicando também uma origem múltipla da espécie, com a possível ocorrência de uma área de hibridização entre dois ou mais táxons, contribuindo geneticamente para a formação e evolução desse grupo. Como provavelmente se trata de uma metapopulação distribuída em subpopulações, não foi possível a identificação de barreiras físicas para dispersão da espécie ao longo da área de estudo. Desta maneira, provavelmente o manejo da espécie na área de estudo pode ser realizado considerando que todos os indivíduos pertencem a um mesmo estoque genético.

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Publicado

2017-10-19

Edição

Seção

Especial: Saúde Única de Igarapés Urbanos e Periurbanos da Amazônia