Análise microbiológica e direção do fluxo subterrâneo do lixão desativado em Ji-Paraná, Rondônia

Autores

  • Raissa Fonseca Ferreira Universidade Federal de Rondônia
  • Andreza Mendonça Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Inpa
  • Edson Roberto Cuzzoul Instituto Federal de Rondônia
  • Elizabete Nascimento Universidade Federal de Rondônia
  • Rosalvo Stachiw Universidade Federal de Rondônia
  • Elvino Ferreira Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.47209/2317-5729.v.3.n.1.p.37-46

Resumo

No Brasil o alto número de municípios que dispõe os resíduos sólidos em locais inadequados têm se tornado um dos principais agentes contaminantes dos mananciais subterrâneos, implicando a contaminação do lençol freático por lixões e ainda a geração de contaminantes ao longo do tempo. O trabalho propõe identificar o direcionamento do fluxo e analisar microbiologicamente a água consumida pelas famílias residentes no entorno do lixão desativado do município de Ji-Paraná-RO. Foram selecionadas sete propriedades do entorno do lixão. A qualidade microbiológica foi avaliada pela detecção de coliformes totais e E. coli e o fluxo da água subterrânea ocorreu por meio da medição da lâmina d’água e altimetria dos poços amostrados. Todas as propriedades utilizam poços como abastecimento, sendo que a vedação superior desses poços ocorre com tampas de concreto na maioria dos casos e somente três poços apresentam revestimento em toda a sua profundidade. Detectou-se forte relação dos critérios construtivos com os resultados microbiológicos, onde 100% das propriedades apresentaram contaminação por coliformes totais, enquanto para E. coli somente os poços que possuem manilha em suas estruturas não apresentaram contaminação. Os poços apresentam profundidade inferior a 10 metros, com nível d’água em torno de 7 metros. O fluxo da água subterrânea demonstrou direcionamento proveniente da área do lixão desativado para as residências estudadas, condicionando dessa forma uma alta vulnerabilidade dos corpos hídricos.  Além disso, a área do lixão desativado apresenta um maior nível do terreno em relação às residências próximas e não há um controle e um monitoramento dos possíveis impactos.

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Publicado

2015-01-15

Edição

Seção

Especial: Saúde Única de Igarapés Urbanos e Periurbanos da Amazônia