POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO FINANCEIRA E CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.18361/2176-8366/rara.v9n2p1-18Palavras-chave:
Finanças Comportamentais, Educação Financeira, Projetos Político-Pedagógicos, Escolas PúblicasResumo
No presente artigo apresenta-se uma reflexão exploratória sobre a inclusão da educação financeira no currículo da educação básica, a partir da análise de 24 projetos político-pedagógicos de escolas estaduais de ensino fundamental de alguns estados brasileiros, entre os anos de 2010 a 2015. Os respectivos projetos foram coletados na internet. Foi realizada a análise de conteúdos dos respectivos documentos, observando-se três unidades analíticas: prática pedagógica da escola, objetivos políticos-pedagógicos da escola e projetos ou programas voltados para a educação financeira. Identificou-se que nenhum dos projetos avaliados prevê a educação financeira, embora 87,50% prevejam práticas interdisciplinares ou transversais e 66,67% tenham como objetivo geral e ou específico preparar os alunos para a vida. Concluiu-se, à luz da conjugação dessas informações com a revisão de literatura que privilegiou a apresentação de estatísticas sobre o comportamento financeiro do brasileiro, a dinâmica do programa da OCDE para a promoção de estratégias nacionais de educação financeira e conceitos de Finanças Comportamentais, que há limitações na forma como o Estado difunde a Estratégia Nacional de Educação Financeira, até o momento apresentada como prática interdisciplinar que pode ser adotada voluntariamente pela instituição de ensino.