Lima Barreto e as classes perigosas: racismo e eugenia no cotidiano da Capital Nacional

Autores

  • Jorge Alves de Oliveira Unesp - Câmpus Rio Claro
  • José Euzébio De Oliveira Souza Aragão Professor do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus de Rio Claro. Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Palavras-chave:

sociologia - cultura - sociedade

Resumo

O fim do século XIX e início do século XX foi um momento de grandes transformações no Rio de Janeiro. O crescimento demográfico na capital do país provocado pelo grande movimento migratório e imigratório acelerou o processo de modernização urbana e a expansão imobiliária. À reboque de tudo isso surgiu a necessidade de intensas reformas tanto sociais quanto estruturais. Elas vieram com melhorias no transporte urbano, aumento da malha viária, expansão do subúrbio e estações de trens, calçamentos, novos e modernos edifícios à moda dos europeus e estadunidenses, como afirma Lima Barreto em seu Diário Íntimo (1952) e conhecido também na obra ficcional Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911). O conceito de “política higienista” relacionada com as precárias condições sanitárias das habitações urbanas, especialmente as coletivas e a denominação que se referia aos marginalizados de “classes perigosas”, foram elementos utilizados para justificarem as perseguições aos pobres que habitavam ainda o centro da Capital Federal.

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Biografia do Autor

Jorge Alves de Oliveira, Unesp - Câmpus Rio Claro

Professor Efetivo Escola Pública do Estado de São Paulo

José Euzébio De Oliveira Souza Aragão, Professor do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus de Rio Claro. Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Professor do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus de Rio Claro. Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Especialista em Administração pela Universidade São Judas Tadeu (USJ-SP), Bacharel em Administração pelo Cento Universitário Central Paulista (UNICEP) e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Foi Diretor-Geral do Cento Universitário Central Paulista UNICEP (2000-2005), Diretor e Diretor-Adjunto do Centro de Economia e Administração (CEA) da Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas (2009-2010). Tem experiência em Sociologia, Educação e Administração, tendo pesquisado sobre os seguintes temas: Ensino Superior; Gestão Educacional; Cinema, Educação e Sociedade; Cinema na Escola e Ensino de Administração. Foi membro do Conselho Editorial da Revista Educação: Teoria e Prática

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Publicado

28/11/2019

Como Citar

Oliveira, J. A. de, & Aragão, J. E. D. O. S. (2019). Lima Barreto e as classes perigosas: racismo e eugenia no cotidiano da Capital Nacional. Revista Práxis Pedagógica, 2(2), 90–107. Recuperado de https://periodicos.unir.br/index.php/praxis/article/view/4117