UMA POÉTICA DA AMAZÔNIA EM CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA, DE DALCÍDIO JURANDIR
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.12.n.1.4436Resumo
A proposta deste artigo consiste em fazer uma abordagem sobre as possíveis representações sociais e culturais da Amazônia nos elementos estéticos que constituem a narrativa na obra Chove nos campos de Cachoeira (2011), do autor paraense Dalcídio Jurandir. Obra de abertura do ciclo do Extremo-Norte, a tessitura narrativa do romance traz na constituição de seus elementos uma possível representação da sociedade e da cultura do contexto rural amazônico. Considerando a marcante presença do elemento social na obra, esta análise sustenta sua base de fundamentação teórica no viés da Crítica Sociológica, que possibilita, como perspectiva de análise, conceber o externo como um elemento a integrar a estrutura estética da obra. O percurso metodológico adotado segue o método analítico crítico, a partir da leitura da obra em confronto com as abordagens teóricas que versam sobre o tema. O referencial teórico foi constituído, sobretudo, pelas concepções de Antonio Candido (2010). Em Chove nos campos de Cachoeira, os recursos e estratégias empregados pelo autor na construção da estrutura narrativa dão visibilidade à simbiose do externo com o interno na constituição estética da obra.