A LEITURA DA LITERATURA INDÍGENA: PARA UMA CARTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.5.n.2.2887Palavras-chave:
Indian Literature, Ancestry, I-We, Orality-Printed, Cartography.Resumo
Este artigo versa sobre a literatura indígena contemporânea e sua importante contribuição na leitura da literatura brasileira, a fim de evidenciar, por um lado, a exclusão do indígena, sua voz e visibilidade, e, por outro, sua expressão estético-literária, resistência e luta. O artigo objetiva realizar um mapeamento sintético de alguns dos principais escritores indígenas atuantes com publicações iniciando-se nos anos 1990 e chegando-se até os dias de hoje, em especial Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Olívio Jekupé, Yaguarê Yamã, Kaká Werá, Márcia Kambeba e Cristino Wapichana. Nesse sentido, argumentaremos que a leitura dessa literatura indígena pode ser acessada e dinamizada por meio da chave de leitura, a ser defendida nesse texto, caracterizada pela correlação de vozes ancestrais e comunitárias, memória e tradição, oralidade e a poética do eu-nós. Assim, na literatura indígena brasileira contemporânea, pode-se perceber que as produções estético-literárias partem da afirmação da tradição ancestral e se afirmam como crítica do presente e resistência política.