Elizabeth Bishop e seus complexos inconscientes em “uma arte”
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.4.n.1.1207Palavras-chave:
Uma Arte. Cartas. Elizabeth Bishop. Pós-colonialismo.Resumo
No presente artigo apresentamos uma análise pós-colonial do poema “Uma Arte”, escrito pela poeta norte-americana Elizabeth Bishop. Para subsidiar a referida análise e compreendermos sob quais condições de produção Bishop compôs o poema em tela, investigamos algumas de suas cartas alusivas a esse poema. Situamos a relevância deste estudo na questão de Bishop ter alcançado prestígio internacional escrevendo principalmente sobre o Brasil e deste para o mundo. Como resultado dessa investigação, ousamos afirmar que esse poema de Elizabeth Bishop não transpõe o âmbito de sua biografia. Dessa forma, é fundamental que seu passado seja cuidadosamente revisitado, principalmente no que concerne a uma tentativa de compreensão mais detalhada dos mais variados discursos produzidos por ela no e sobre o Brasil para sua audiência (inter)nacional. Enfatizamos, inclusive, que as muitas análises literárias realizadas sobre “Uma Arte” apresentam, em suma, um viés ingênuo e/ou exclusivamente artístico, em consequência de seus elaboradores terem desconsiderado o estudo crítico de suas correspondências.