O discurso da estilística: efeito de sentido da singularidade da língua nacional

Autores

  • Élcio Aloisio Fragoso Fundação Universidade federal de Rondônia – UNIR

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.3.n.2.1022

Resumo

 

 O presente artigo, que tem como objeto de estudo o discurso da estilística (sobre o estilo), nas gramáticas brasileiras do final do século XIX, filia-se ao Projeto História das Ideias Linguísticas, articulado ao campo da Análise de Discurso, de linha francesa, na perspectiva de Michel Pêcheux (1981, 1990 e 1995), Eni Orlandi (1993, 1996, 2001) e outros colaboradores. A análise desenvolvida neste artigo propõe uma nova leitura para os estudos sobre estilística, da perspectiva discursiva, no contexto da gramatização brasileira. A tese que defendo nesse artigo é a de que o discurso sobre o estilo nas gramáticas brasileiras do final do século XIX imprimiu um efeito de sentido, relativamente à constituição da língua nacional. O discurso da estilística nas condições próprias em que ele foi produzido (em gramáticas brasileiras do final do século XIX) deu forma material para a língua nacional, o Estado brasileiro, pois entendemos que o discurso gramatical, atravessado pelo discurso da estilística (do final do século XIX), constituiu-se na representação política da construção da unidade da língua nacional e do Estado brasileiro. Enfim, as gramáticas brasileiras do final do século XIX constituíram-se em um lugar em que podemos ter a visibilidade da construção da unidade política do Estado brasileiro, bem como do processo de construção do sujeito dessa língua nacional.

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Biografia do Autor

Élcio Aloisio Fragoso, Fundação Universidade federal de Rondônia – UNIR

Mestre e doutor em Linguística, pela UNICAMP. Professor de Linguística e de Língua Portuguesa, daFundação Universidade federal de Rondônia – UNIR.

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Publicado

17/09/2014

Como Citar

Fragoso, Élcio A. (2014). O discurso da estilística: efeito de sentido da singularidade da língua nacional. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 3(2), 306–328. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.3.n.2.1022