Raízes identitárias e aspectos que objetificam o sujeito nativo em relação ao europeu: uma estratégia de leitura pós-colonialista no conto "Dois poetas da província", de Milton Hatoum
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.6.n.2.p.105-119Palavras-chave:
Estrangeiro, sujeito nativo, literatura, aspectos sociais, ZéfiroResumo
A partir do personagem Zéfiro, do conto “Dois poetas da província”, do livro A Cidade Ilhada (2009), de Milton Hatoum, o objetivo deste artigo é refletir criticamente sobre a relação entre o estrangeiro e o sujeito nativo, especificamente, na cidade de Manaus; espaço onde se configura a narrativa hatoumiana e que conecta aspectos sociais ao estímulo de criação literária. Nesta análise, levam-se em consideração tanto os aspectos estruturais da narração, quanto os aspectos contextuais da obra, compreendidos como uma dialética integradora desenvolvida por Antonio Candido (2006) e Yves Reuter (2002). A partir dos Estudos Culturais, busca-se demonstrar a hipótese, diante das possibilidades de análises sobre o texto ficcional, de que a presença do estrangeiro, no contexto do conto, contribui com a construção de estereótipos que objetificam o sujeito nativo, fazendo-o com que ora renegue a si mesmo, outrora afirme as suas raízes identitárias. Para a compreensão e o desenvolvimento desta abordagem, destaca-se a perspectiva analítica de Albert Memmi (2007), Homi Bhabha (1992), Alves e Bonnici (2005) e Antonio Candido (2006).
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