O pensamento científico em Frankenstein

Autores

  • Patricia Marouvo Fagundes Universidade Federal do Acre (UFAC)

DOI:

https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.6.n.2.p.120-133

Palavras-chave:

Letras, Literatura, Técnica.

Resumo

O romance Frankenstein (1818) narra o trágico destino de Frankenstein e seu monstro, cuja relação de ódio e temor os une rumo à autodestruição. A trama prima por desenvolver os desdobramentos da vontade de saber ilimitada e suas consequências éticas enquanto resposta à medida e à razão iluminista, insaciáveis porque manipuladas a fim de vasculhar e matematizar recessos e mistérios indecifráveis, como vida e morte. Entende-se que a necessidade gótica de encantamento promove a possibilidade de imaginar novas realidades, emudecendo leitores, maravilhados e/ou aterrorizados, quando em face do sublime. A imaginação, entendida como ato de criação poética, faz obrar o mundo em que a técnica do saber científico encontra suas limitações na criação monstruosa porque reflexo da aberração em que se transforma o homem em sua desmedida e a sociedade em suas instituições aparentemente inflexíveis. Este artigo pretende, desse modo, fazer uma leitura da obra de Mary Shelley, procurando estabelecer um diálogo acerca da questão do papel da imaginação na criação poética e da imaginação na criação científica como alternativas de desenvolvimento do potencial humano e os possíveis efeitos daí advindos. 

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Biografia do Autor

Patricia Marouvo Fagundes, Universidade Federal do Acre (UFAC)

Professora adjunta de Língua Inglesa e Respectivas Literaturas

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Publicado

11/02/2020

Edição

Seção

Artigos