Tatuagem da bandeira Farroupilha: a mobilização da memória na produção de sentidos
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.4.n.1.p.106-122Resumo
Partindo do entendimento sobre as tatuagens enquanto textos portadores de discursividade, nosso objetivo é produzir uma leitura da tatuagem da bandeira Farroupilha materializada no corpo de determinado sujeito, no contexto da Semana Farroupilha, a partir de sentidos que ela nos possibilita. Ancoradas na Análise de Discurso (AD) de filiação pecheuxtiana, podemos observar como o corpo do sujeito tatuado funciona como um lugar de memória, na medida em que é nele que se materializam discursos, e as implicações decorrentes da consolidação de um imaginário farroupilha, que, pela repetição de sentidos advindos de uma região de saber, alimenta o que é memorável para um grupo social, sejam os habitantes do estado do Rio Grande do Sul. Nesse caminho, compreendendo que os sentidos não estão unicamente no desenho/imagem que a tatuagem representa, mas se constituem em consonância ao imaginário, ao inconsciente, às condições de produção e à memória que o sujeito mobiliza quando se tatua, dispomos a questão norteadora do estudo: como a tatuagem da bandeira Farroupilha contribui para o resgate de sentidos advindos de outra época histórica? Assim, procurando compreender o funcionamento da discursividade presente na tatuagem em questão, buscamos amparo na noção de memória discursiva enquanto categoria de análise.
Palavras-chave: Tatuagem; Sentidos; Memória discursiva; Lugar de memória.
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