A vida, o espaço e o tempo suspensos dos refugiados em Írisz: as orquídeas, de Noemi Jaffe
DOI:
https://doi.org/10.47209/1519-6674.v.26.n.2.p.297-317Palavras-chave:
Exílio, refugiados, Hungria, Írisz, as orquídeas, Noemi Jaffe.Resumo
Este trabalho apresenta alguns apontamentos acerca das condições conflituosas sob as quais vive o refugiado a partir do exílio, chamando a atenção para a constante sensação de estranhamento e deslocamento face a um novo espaço onde as trocas culturais e afetivas, mesmo quando suficientemente satisfatórias, não conseguem se sobrepor às lembranças e experiências da terra natal – apenas temporariamente suspensas. A falsa estabilidade logo se vê confrontada por questões adormecidas, que são concernentes a uma história interrompida de maneira abrupta e violenta principalmente por conflitos políticos e econômicos. Para tal, tomou-se como referencial teórico as reflexões sobre o exílio empreendidas pelos críticos George Steiner, em Extraterritorial: a literatura e a revolução da linguagem (1990), Edward Said, em Reflexões sobre o exílio e outros ensaios (2003), e Homi K. Bhabha, em O local da cultura (2014). Tais reflexões serão realizadas a partir de sua concretização no romance brasileiro Írisz: as orquídeas, da escritora Noemi Jaffe. Nele, há a presença de uma imigrante que deixa a Hungria, estabelecendo-se no Brasil, após a contenção soviética no tocante à Revolução popular do ano de 1956, em que o povo marchou pelas ruas, destruindo as estátuas de Stálin, bem como lutando pela autonomia e redemocratização de um país historicamente exilado em si mesmo.Downloads
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