MEMÓRIAS DE UM FUZILADO NA REVOLTA DA ARMADA

Autores

  • Márcia Rodrigues Gonçalves UFRGS

Palavras-chave:

O morto. Revolta da Armada. Coelho Neto

Resumo

Por mais que uma obra literária seja permeada de fatos reais, não se trata de um compêndio de História, mas sim de uma realidade paralela criada por um escritor. Em O morto (1898), de Coelho Neto, publicado cinco anos após o término da segunda Revolta da Armada (1893), Josefino Soares, o protagonista, sofre os desmandos e a perseguição da ditadura florianista tal como a vivenciaram grandes nomes da Literatura e da História do Brasil. Este artigo pretende mostrar como Coelho Neto representou esse evento que serviu de mote para perseguições políticas, prisões e deportações de pessoas públicas que não concordavam com o modo como se deu a transição do mandato de Deodoro da Fonseca para o marechal Floriano Peixoto. Por intermédio desta análise, mostra-se como um narrador de primeira pessoa, que era um cidadão comum, retratou um período despótico que desarticulou não só a sociedade carioca daquele momento, mas também a vida literária no Brasil nos primeiros anos da República Velha.

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Biografia do Autor

Márcia Rodrigues Gonçalves, UFRGS

Mestre em Lingüística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003). Foi professora substituta da UFRGS, de Língua Portuguesa e/ou Produção Textual, nas graduações de Letras, Administração, Ciências Contábeis e Jornalismo. Foi professora do Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios - IBGEN, com turmas de Redação e Expressão Oral e Metodologia da Investigação Científica. Professora da rede estadual de ensino, atuante nas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura e Redação no Ensino Médio. Participante de bancas de revisão de vestibular: UFGRS e PUCRS. Revisora da Objetiva Concursos SA. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS, na área de Literatura Sociedade e História da Literatura, orientanda da Prof. Dr. Regina Zilberman. 

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Publicado

29/03/2017

Edição

Seção

ARTIGOS - DOSSIÊ