SANTO AGOSTINHO E A DECADÊNCIA ROMANA: RECEPÇÕES CLÁSSICAS E FUNDAMENTAÇÃO DO PENSAMENTO CRISTÃO NO OCIDENTE
Palavras-chave:
Cultura Clássica. Cultura Cristã. Santo Agostinho.Resumo
Na transição do mundo antigo para o mundo medieval, muitos acontecimentos denotam a evocação da História, mas a confluência do declínio de Roma e a afirmação do cristianismo colocam na ordem das discussões a reflexão acerca do embate de posições e mentalidades, pois é neste encontro fronteiriço que emerge o debate sobre a decadência romana e as possíveis influências do cristianismo nesse evento. Nesse sentido, este artigo busca analisar a ideia de decadência romana, centrando-se nas estratégias discursivas do bispo cristão Santo Agostinho, por sua vez operadas no sentido de livrar os cristãos da culpa pela decadência romana entre os séculos IV e V, oportunidade pela qual Agostinho se apropriou da literatura latina no sentido de inverter a imagem modelar e proeminente de Roma, buscando mostrar a relação da decadência do império com as práticas pecaminosas e com o culto aos deuses, estes últimos tidos pelo referido bispo como fracos e falsos. A análise parte do discurso agostiniano, principalmente aquele exposto em sua obra da maturidade, notadamente A Cidade de Deus, escrita entre 413 e 426 de nossa era.
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