A inclusão de pessoas idosas com deficiência visual na difusão científica
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2019.4531Palavras-chave:
Inclusão. Pessoas idosas. Deficiência visual. Difusão Científica. Didática multissensorial.Resumo
No Brasil, o acesso à ciência é segmentado de acordo com o gênero, raça, classe, faixa etária, etnia e impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais das pessoas. Logo, as pessoas idosas cegas ou com baixa visão conseguem participar do processo de difusão científica? O presente trabalho visa refletir acerca da inclusão de pessoas idosas com deficiência visual nas intervenções de difusão científica do projeto Banca da Ciência (USP), uma vez que o processo de envelhecimento da população brasileira vem sendo enfatizado. A reprodução se caracterizou sob a linha pesquisa participante e a análise dos dados teve referência no Construcionismo Social. Constatamos que o as pessoas idosas com deficiência visual conseguem participar do processo de difusão científica, todavia, é preciso que as barreiras de acesso às práticas e ao conhecimento científico sejam eliminadas para que elas tenham plena e efetiva participação em igualdade de condições com as demais pessoas. Um método positivo para a inclusão é a didática multissensorial, uma vez que se utiliza todos os sentidos que uma pessoa possui relacionando-os de modo a formar conhecimento multissensoriais completos e significativos.
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