Os desafios vivenciados pelos professores não indígenas na Escola Indígena Parintintin
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2019.4283Palavras-chave:
Educação Escolar Indígena. Formação de Professores. Parintintin.Resumo
Este artigo objetiva analisar os desafios vivenciados pelos professores não indígenas que atuam numa escola indígena; enfatizar a trajetória histórica da formação de professores; contextualizar a relação entre a educação escolar indígena e a atuação dos professores não indígenas; refletir sobre a necessidade de haver maiores intervenções e discussões voltadas para questões de diversidade, nos cursos de formação. Diante desta problemática direcionados aos professores não indígenas buscamos responder a seguinte indagação: os professores não indígenas sentem-se preparados para lecionar em ambientes culturalmente diferenciados? Possuem conhecimentos suficientes sobre diversidade cultural que poderiam orientar sua prática? Na busca por respostas foi realizada uma entrevista com três professores não indígenas que lecionam na escola indígena Parintintin, situada na Aldeia Pupunha, em Humaitá-AM. Tratando-se de uma abordagem qualitativa tanto para nortear a pesquisa como para analisar os dados, considera-se através dos resultados que os professores abordados possuem muitos desafios em relação a sua prática neste contexto, o que vem desde da não estruturada adequada da escola, falta de materiais básicos de auxílio ao professor e aluno, currículo que não atende as necessidades da cultura indígena, e uma formação inicial que não “preparou” suficientemente para práxis vinculados a diversidade cultural.
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