Concepções e práticas avaliativas de professores nas aulas experimentais
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2020.3486Palavras-chave:
Avaliação. Experimentação. Ensino de Ciências.Resumo
As aulas experimentais apresentam a avaliação como uma integrante do processo de ensino e aprendizagem que inspira cuidados. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo é apresentar a análise e a discussão de como se dá o processo de avaliação dos professores dos cursos de licenciatura em Biologia, Física e Química, de uma Universidade Pública da região Centro-Oeste, especificadamente nas aulas experimentais. A pesquisa configura-se como qualitativa. Os professores, por meio de entrevistas semiestruturadas, apontaram as dificuldades com turmas numerosas, falta de estrutura e ausência de orientações institucionais quanto a métodos e práticas avaliativas. Insistem em concepções tradicionais de avaliação e não se utilizam de instrumentos factuais de observação e instrumentos mais subjetivos de avaliação. Os que possuem uma prática avaliativa mais aberta, flexiva e discutida se aproximam de uma concepção mais progressista e desejada. No entanto, ao mesmo tempo, percebemos que a maioria dos sujeitos investigados ainda veem teoria e prática como dois eventos distintos, dicotômicos, concepção que deve ser discutida por influenciar na formação dos professores de Ciências.
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