Narrativas dominantes e marginais: modelos de formação de professores

Autores

  • Elizabeth Antônia Leonel de Moraes Martines Aposentada

DOI:

https://doi.org/10.26568/2359-2087.2019.3304

Palavras-chave:

Formação de Professores. Autobiografias. Reformulação Curricular. Pesquisa-Ação.

Resumo

Neste trabalho, pretende-se relacionar o conceito de narrativas com os modelos de formação de professores que predomina(ra)m historicamente e os modelos que vêm se firmando nas últimas décadas, em vários países. Nos modelos emergentes, Ensino e Pesquisa são indissociáveis, as narrativas autobiográficas ganham destaque na formação e (re)construção de identidades pessoais e profissionais. As mudanças curriculares neste sentido implicam em (re)criação de contextos formativos que favorecem o desenvolvimento de capacidades consideradas necessárias nos novos tempos e que priorizam a experiência vivida, a expressão das vivências e um diálogo consigo próprio ampliando o autoconhecimento; o diálogo com os outros, incluindo os que construíram conhecimentos que hoje são referência e o diálogo com a própria situação, sendo a pesquisa-ação um caminho privilegiado na formação de educadores e a escola se torna o lugar privilegiado nesse processo.

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Biografia do Autor

Elizabeth Antônia Leonel de Moraes Martines, Aposentada

Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano/Universidade de São Paulo. Professora aposentada da Universidade Federal de Rondônia. E-mail: bethmartines@gmail.com.

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Publicado

30/12/2019

Como Citar

MARTINES, E. A. L. de M. Narrativas dominantes e marginais: modelos de formação de professores. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, [S. l.], v. 6, n. 16, p. 108–138, 2019. DOI: 10.26568/2359-2087.2019.3304. Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/article/view/3304. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos