Bibliotecas escolares: leitura, (in)formação e cultura para uma educação cidadã

Resumo

Este artigo discute a potência das bibliotecas escolares como espaço de relações sociais, políticas e pedagógicas e como lugar privilegiado para a discussão e construção de práticas de leitura e de escrita que concorrem para a formação do leitor crítico e criativo na perspectiva da Escola Cidadã. Toma-se como referência teórica para as discussões sobre as bibliotecas-escolares Maroto (2012), Varela (2007) e Côrte e Bandeira (2011); para o entendimento dos processos de leitura e dos conceitos e princípios da Escola Cidadã, Freire (1983, 2000). Introduz-se no debate a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - 3ª versão documento normativo que, embora ainda não implementada, já reverbera nas formas de pensar a leitura na escola, nos diferentes níveis. Trata-se de uma primeira interlocução com a BNCC e observa-se que existem aproximações e afastamentos entre seu texto e a escola cidadã defendida por Freire. No entanto, entende-se que, ao não contemplar estratégias de leitura, a formação de professores para a formação de leitores literários, bem como ao silenciar sobre a importância e as potencialidades das bibliotecas escolares, a BNCC, naquilo que toca à leitura, apresenta lacunas para o entendimento da leitura na perspectiva da escola cidadã.