Negritude e infância negra: usos e sentidos em contos de Mãe Beata de Yemonjá
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2017.2584Palavras-chave:
Negritude. Infância negra. Memória. Narrativa.Resumo
Neste artigo vamos tratar do tema da negritude e da infância negra e sua relação com contos afro-brasileiros. Com o mito da democracia racial no Brasil, houve um processo de esvaziamento dos sentidos de negritude. Em consequência ocorreu um forte esgotamento da infância negra, fazendo com que as crianças tenham dificuldade de se afirmarem negras. Ansiamos discutir as seguintes questões: há uma infância negra? Em havendo, qual é o seu lugar na sociedade? Como ela se apresenta? Qual a sua importância na formação das identidades negras? Em que sentido pode se pensar a infância negra na a partir de contos afro-brasileiros? Nesse sentido, pretendemos trazer o tema da negritude e da infância negra confrontados em seus usos e sentidos em contos afro-brasileiros. Nosso intuito é apresentar um breve panorama dos conceitos, confrontando-se com narrativas de Beatriz Moreira Costa, Mãe Beata em sua obra “História que a minha vó contava” (2004). A tentativa é mostrar as possibilidades de superação dos esvaziamentos e esgotamentos da infância negra em nossos ambientes formativos.
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