Formação de professores(as) e as relações de gênero na educação infantil
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2015.1494Palavras-chave:
Formação docente. Educação Infantil. Relações de gênero.Resumo
A formação de professores(as) na/da Educação Infantil tem sido, ainda nos dias atuais, um dos grandes desafios enfrentados por esta etapa da Educação Básica. Constituindo-se um dos elementos fundantes para a construção de um trabalho pedagógico/político que seja pautado na reflexividade, a formação de professores(as), tanto a continuada quanto a formação em serviço, deve abarcar e articular entre seus eixos de questionamentos a perspectiva da diversidade cultural, das relações e identidades de gênero, das questões étnicas e religiosas, entre outras, como condição para a constituição identitária das crianças desde a Educação Infantil. No sentido de constituir-se como espaço de diálogo, de resistência e de enfrentamentos, a escola de Educação Infantil, deve possibilitar às crianças o exercício de vivenciar novas posturas, olhares, formas e sentidos de perceber-se no mundo de modo interventivo e livre. Assim, a constituição plena de si perpassa essa experiência, num jogo criador de pertencer a uma cultura, permeada de tradições, crenças e costumes ao mesmo tempo em que, fazendo parte deste universo, sinta-se capaz de deixar as marcas de sua singularidade. Nesta dimensão, o presente texto, tem como intento provocar algumas questões sobre a formação de professores(as) e o exercício docente sobre as relações de gênero com as crianças da Educação Infantil. Apresenta, também, os resultados de uma pesquisa realizada com acadêmicos(as) de diferentes períodos de um curso de Pedagogia, que buscou investigar as representações que estes(as) estudantes tinham a respeito das práticas pedagógicas com crianças da Educação Infantil e os processos formativos docentes. Como principais resultados da pesquisa, verificou-se que este ainda é um assunto pouco discutido no cotidiano social e pedagógico dos participantes do estudo; que há a necessidade de se discutir o assunto nas escolas com as crianças, através de práticas lúdicas e de projetos específicos para as crianças e também com as famílias; e que a universidade precisa investir mais nas discussões e estudos sobre relações de gênero
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